segunda-feira, 1 de março de 2010

É MELHOR DIALOGAR OU PERSEGUIR?


Dialogando com os Inter Religiosos
Por: Niltinho Vieira


A perseguição religiosa constitui um caso extremo de intolerância entre os seres humanos, e apesar de todas as modernidades, está presente cada vez mais entre os homens atuais.
Na maioria das vezes, consiste no maltrato persistente de grupos ou indivíduos, devido à sua filiação religiosa, o que acaba gerando muitas divergências de pensamentos. Em muitos casos, a perseguição floresce devido à ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
De acordo com os relatos históricos, a Primeira Cruzada foi proclamada em 1095 pelo papa Urbano II, e teve como objetivo duplo auxiliar os cristãos ortodoxos do leste, a libertar Jerusalém e a Terra Santa do jugo Muçulmano. Na verdade, não foi um único movimento, mas um conjunto de ações bélicas de inspiração religiosa, que incluiu a Cruzada Popular, a Cruzada dos Nobres e a Cruzada de 1101.
No Brasil, os evangélicos também se consideram afetados pela intolerância e perseguição religiosa. Em virtude dessa situação, foram os responsáveis por reacender o debate sobre liberdade religiosa no Brasil ao alegar perseguição e denunciar privilégios de outras religiões.
Ao longo da história do mundo, observamos que a disputa do povo pela religião, quando não é convincente por meios espontâneos, passa-se pelos meios da inquisição religiosa, ou seja, à força.
Os judeus fizeram isso com a perseguição aos cristãos, posteriormente, a Igreja Romana também o fez, através das várias cruzadas e ainda hoje existem os conflitos armados na Irlanda do Norte e os extremistas do Islã.
Hoje, existem aproximadamente 12 mil doutrinas ou entidades religiosas no mundo, conforme levantamentos em vários continentes.
Em 520 ac. , o profeta Zacarias, disse: “Não por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4.6)”. Ou seja, este trecho bíblico, nos orienta que não devemos utilizar força ou poder para obrigarmos uma pessoa a mudar de religião ou seita. Em 55 dc, o apostolo São Paulo reafirmou nas cartas de I Coríntios 4:20, “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. Poder aqui não quer dizer quem tem mais força física ou militar, significa em Hebraico: potência divina, energia de Deus, ou ainda virtude.
Já o líder Mahatma Ghandi, afirmou que a paz é um processo contínuo e permanente: “Não há caminho para a paz, a paz é o caminho.”
Diante destas circunstâncias, podemos concluir que até podemos conseguir alcançar um objetivo real quando utilizamos a tortura psicológica, ou a perseguição religiosa, mas verdadeiramente as sementes desta colheita não resultará em frutos saborosos, digo a todos “Não acenda tua estrela com o fogo alheio, pois o sol da Justiça renasce todas as manhãs com um brilho infinitamente maior que o seu”.



Niltinho “do Postão”
Nilton Vieira, é evangélico.
Coordenador do PTB Diálogo Inter Religioso/Barretos.
Secretário Geral do Partido.
Membro do Conselho Mun. Da Pessoa com Deficiência
Membro da APPESC/SP